O que dizer da vida de um homem de amores inconstantes?
O que se esperar de um amante que conhece as mulheres como ninguém?
Um ser que viveu entre requebrados e curvas;
Entre peles e perfumes;
Entre cachos, longos e fios coloridos...
Um alguém que sabe de cor o manual de um afago;
Que tem os cabelos marcados pelo excesso de cafuné...
Que possui uma boca que beija de mil formas diferentes;
De braços acostumados a dar conforto e segurança;
De olhos calejados devido lágrimas de emoção...
Nada...
Nada é o que restou a um ser que sempre inovou com palavras;
Que sempre valorizou a quem teve;
Que doou-se por inteiro
Mesmo que tenha feito isso sozinho...
Esse sou eu...
Escondido atrás de uma máscara de sorrisos,
Sem revelar a solidão que habita em mim...
Como pode alguém ter tido tanto
E hoje nada ter?
O ser humano se deixa levar por aparências
E nunca me viram como alguém provido de seriedade...
Nunca tive a oportunidade de me mostrar como eu sou,
E quando cheguei perto disso
Não se permitiram...
Sou do tipo que acredita em elos;
Que procura conquistar de uma maneira diferente todos os dias;
Que se faz homem não pelas calças que veste
Mas, pelas palavras que diz,
Pelas atitudes que têm,
Pelo caráter que estampa em sua feição...
E ainda assim, o descarte foi inevitável...
Inúmeras vezes...
Existe algum limite de sofrimento amoroso pra uma pessoa?
Eu já sofri demais?
Pra mim, já fui mais além...
Esperei que um dia tudo isso fosse acabar...
Enganei-me...
E sendo assim, petrifiquei em meio a minha inércia...
Num estado de repouso...
Como se esperasse o reinício da batalha pra voltar a lutar...
Isso não vai acontecer...
É difícil de acreditar...
Estou a desistir de lutar...
Por mim e pelos outros corações...
O que dizer da vida de um homem de amores inconstantes?
A solidão é a sua companheira...
Ele nunca foi amado de verdade...
Não como ele amou...
Ainda há créditos no amor...
Espero que ele ainda acredite em mim.
DINHO BRITO
Sou daqui, sou dali, eu não sou, sou de lugar nenhum. Vivendo em tribos, bandos; nômade da penumbra, senhor do canavial, capataz do derivado, escravo das circunstâncias. Estranheza por opção, loucura por natureza; com decibéis nas veias e diante da adversidade, um estado de espírito em meio ao chiqueiro. A lama está na cintura, o desespero entorno mas a mente não naufraga num mar de hipócritas de fim de ano...
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Nossa..
ResponderExcluirTôo sem palavras.. Simplesmente lindo!
Lindo, lindo...
Parabéns!
Bjoo'xx
Guri, está maravilhoso. Quando eu achar a pessoa a quem darei o meu amor, vou pedir para ter umas aulinhas com os seus poemas...
ResponderExcluirObrigado pelos comentários gente... São reações assim que me dão cada vez mais vontade de continuar... Beijos!
ResponderExcluiropa, to de olho!!!
ResponderExcluirabs do Paulinho Motta
Quando eu achar a pessoa a quem darei o meu amor, vou pedir para ter umas aulinhas com os seus poemas... [2]
ResponderExcluirO amor está dentro de vocês... Abram suas portas e janelas e deixem ele sair e mantendo abertas, o amor volta renovado e correspondido...
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