sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Portas e portais

Não tenho a percepção
Para acompanhar avanços tecnológicos...
Não me permito entender
O avanço do lado mecânico do ser humano...
Vivo em outro mundo
Anos-luz a frente de mentes que
Acreditam pensar em prol do ser humano...
Meus pensamentos são orgânicos...
Faço a liga entre passado e futuro...
Me prendo a costumes do passado
E penso num novo mundo
Um novo tempo...
E meu campo de visão aberto
Possibilita manter a essência
De alguém que deixa o sangue fluir em suas veias
E jorra de emoção
Quando sente o bem estar alheio...
Assim, o presente se faz...
Intensamente
Intermitente
Imponente...
As portas da percepção estão abertas pra mim
São poucas as que não fechei...
A química nunca permitiu
Que eu fosse envolvido numa bolha
Apesar de ter havido um êxodo ao meu entorno
Por diversas vezes...
Histórias, atos dominaram minha mente
Sem que eu perdesse o domínio sobre mim
Mulher-maravilha...
Estrelas caindo do céu...
O mar a me engolir...
Fui medonho
Mas aprendir a lidar e controlar as portas...
Elas ainda estão abertas...
Ainda estão a se abrir...
Ao entrar
Trago comigo as marcas
As historias
As pessoas...
Do outro lado
Vejo o que sempre vi
O que a humanidade não percebe
Que a cegueira é causada pela ganância e prepotência...
Vejo as ramificações
Vejo flores na janela
Vejo esperança...
E sigo a caminhar nesta direção...
E de lá que eu vim
É pra lá que eu vou...
Sou do futuro
Do meu futuro...
Por isso
Ainda exercito pensamentos
De milhares de anos atrás...
Vem comigo?
Não vai doer.


DINHO BRITO