quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Instantâneo

Quando a Lua eu avistar
É de você que sempre vou lembrar
Quando a chuva me molhar
É o seu calor que vai secar
Quando a dor me torturar
É a sua falta que fará aumentar
Quando a tristeza se instalar
É a saudade que irá confortar
Quando a mansidão inundar
É a certeza que pra sempre vou te amar.



DINHO BRITO

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Antônimos

Convivo com fantasmas do meu íntimo
Fazem companhia nos momentos de incerteza
Demonstrando assim, conforto em meio ao desespero
Tudo têm um lado bom e um lado ruim, sem exceções
Com a solidão, não é diferente
Não procurei este estado
Fui "presenteado" com tal carma
E me sinto bem... Com aquilo que tenho
Sou forte como um vulcão
Por trás da máscara, sou mais vulnerável do que qualquer outro
Mas, disfarço o sofrimento com sorrisos empalhados
Que fazem de mim um ser inescrupuloso
Me sinto bem...
Seguindo assim, sobrevivo
Os dias a mais são na verdade dias a menos
Que sentido há em esperar a partida
Sem saber a verdadeira hora de partir?
Sei o que devo fazer nesse meio termo
Não preciso de ninguém pra me dizer o que deve ser feito
Se é pra partir que seja do meu jeito
Que seja em cima do palco
Seja como difusor ou bobo-da-corte
Um dia o show tem que parar
Que seja fazendo a única coisa que me alegra por inteiro
Me sinto bem... Mal.



DINHO BRITO

sábado, 11 de setembro de 2010

Histórias

Histórias vêm e vão
Surgem a cada átomo de areia
E tomam rumos dispersos...
Em meio a acontecimentos
Retratam a sua identidade
Planos em desencanto
Doces em passadas
Calmaria na escuridão
Agressividade em legítima defesa...
Corpos celestiais sobrepõem suas sombras
Raios refletem elementos que compõem o quinto sol
E nos confins dos quintos do elo perdido
Calcula-se as léguas que foram deixadas para trás...
Com magia que emana da retina
Os seres se agrupam hipnóticamente
Alicerçando o futuro mecânico individual...
Bem e mal camuflam idéias espontâneas
E não se sabe quem vai, quem vem...
Eu não sei...
Não sei se mudam os personagens,
Se mesclam os cenários, não sei dizer...
Histórias não são mais as mesmas
E na minha, sempre fui coadjuvante...
Sempre solto na brisa
E preso a mim mesmo
Não dando a oportunidade de alguém me libertar...
Sons dão a cadência
Formas preenchem lacunas
Cores dão sentido aos sentidos sem sentido...
Tais como não concretizar
Histórias tão contundentes...
Céus com nuvens carregadas
Unem-se a estrelas essenciais
Mas nem sempre gotas tocam a superfície
De astros que só fazem brilhar...
Existem alguma explicação lógica
Que diverge o meu contexto?
Histórias...
Histórias que se cruzam
Mas que, não se fundem
Não como deveriam ser...
Ligações encaixam em meio as frases
Mas não dão finais felizes para as histórias...
Algumas não nasceram pra ser assim
E por mais que a tempestade se vá
Assim serão...
Meras histórias...
Histórias sem peso...
Histórias sem fim e início...
E com apenas o meio, nem sempre são histórias...
Mas isso,
Isso já é uma outra história.


DINHO BRITO