Ao fim dos 13 verões,
Percebi a falta que um genitor fez...
Sinto que não sei de onde eu vim...
Merda foi cumprimentar vícios pra suprir essa falta...
E fatores ruins ocorrem como avanlache ininterruptas...
A primeira desilusão amorosa...
A primeira grande perda...
A partir daí, vida descambou ladeira abaixo...
Indiferença, catástrofes, derrotas...
Aqui, acontecem todo o tempo...
Aqui todo mundo é maluco...
Bem, todo mundo não...
Eu sou excêntrico...
Não sou todo mundo...
Não penso em fazer análise...
Nunca...
Não quero deixar o analista mais louco do que já é...
Tenho milhões de mundos na minha cabeça...
Todos em conflitos constantes...
Meus amigos imaginários, meus heróis, meus espíritos...
Todos guerreiam entre si...
E na batalha entre o bem e o mal, eu levo a pior...
Não seria uma boa uma internação, como não é pra ninguém...
Não gosto de nada, gosto de tudo e de mais um pouco...
Não quero nada, quero tudo que eu possa ter...
Minha mente está sempre vazia, cheia de pensamentos humanos e destrutivos...
Vivo dentro do ovo de casca quebrada...
Escorrego pelas rachaduras, me deixando vazar pelos ralos...
Mas ainda assim, me mantendo inteiro e uniforme...
Tentei me recuperar...
É o que fazemos em certos lugares , não é verdade?
Foi bom algumas pessoas importantes não presenciarem tal faceta...
Pois sei que me iriam me ignorar...
Já fazem isso por muito menos...
Por isso, procuramos ajuda, às vezes...
Pessoas me ignoraram quando eu mais precisei de ajuda...
E ainda o fazem, porquê sempre estou precisando de ajuda...
Ás vezes falar sobre isso alivia o peso,
Mas, às vezes faz com que eu me sinta doente...
Eu já sou doente... Não preciso estar mais do que sou...
A vida me pregou uma peça, e se é azar,
Já se passaram mais do que os sete anos do ditado...
Às vezes me canso...
E sei que ela está cansada de mim...
Ninguém vive a minha...
Ninguém nasce sabendo..
E nesse ponto, não sou diferente...
Precisei de alguém que me ensinasse como ser...
E aprendi sozinho...
E aqui (assim) estou.
DINHO BRITO
Sou daqui, sou dali, eu não sou, sou de lugar nenhum. Vivendo em tribos, bandos; nômade da penumbra, senhor do canavial, capataz do derivado, escravo das circunstâncias. Estranheza por opção, loucura por natureza; com decibéis nas veias e diante da adversidade, um estado de espírito em meio ao chiqueiro. A lama está na cintura, o desespero entorno mas a mente não naufraga num mar de hipócritas de fim de ano...
É certo que um genitor faz falta mas certas coisas acontecem com sua presença ou não. Acredito que algumas doenças são presentes de Deus para nos capacitarmos na arte da superação e conquistarmos assim nosso pedacinho do céu. Nunca se houve a necessidade da perfeição, até pq o caminho é muito mais divertido do que a chegada na maioria das vezes.
ResponderExcluirCom certeza guria... Você tem razão... Obrigado pelo comentário! Um grande beijo!
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