E assim vaga o poeta das dores...
Vivendo do acaso e por ele traído...
Deixado de lado num canto sofrido...
Com corpo a deriva,
Sobrevivo...
Relembrando alegrias,
Sonhando encontros,
Respirando saudade...
Eu costumo dizer que existem poetas da vida e poetas do amor...
Consigo ser os dois ao mesmo tempo..
Pra meu desespero...
A espera serve de consolo...
Ressecando cada vez mais os sinais do tempo...
Acreditando num fim...
Se é fim o que vem,
Que não faça escalas;
Detesto ter que esperar no saguão...
Onde escontram-se histórias,
Unem-se expressões,
Comparam-se derrotas e vitórias...
Sou um corpo feito em resina,
Em ruínas...
Imóvel em diversas ocasiões,
Petrificado...
Inerte a mudanças,
Impossibilitado de realizar apostas,
Mas, aqui dentro, há vida...
Um coração bate acelerado...
E rego raízes com lágrimas que caem...
Em breve, juntarei os cacos
A serem colados
Para que possam ter forma
Ao virem quebrar-se novamente...
E nesse ciclo,
Vaga o osbcuro poeta das dores.
DINHO BRITO
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