segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Em meio a viagem

A integridade de um efeito dominó
Dá-se baseada na ignorância de um ser humano;
Se deixa envolver pela capacidade despersa
Onde, olhos enganam toda a massa cefálica,
Resultando em paralisia constante de pensamentos;
Falta de cultura é contagiosa,
Diante a uma formação por entre ratos;
Existe uma necessidade incessante de bem estar
Mesmo que, corpos mantenham-se em um estado de inércia;
Absorver pelo poros o que a existência tem a oferecer,
Algo à se admirar por pensantes pensadores;
Esperar o aprendizado pleno em meio a tantas incertezas
É a esperança de um ser que usa 30% de sua capacidade instintiva;
Não sou daqui, nunca fui; de onde eu venho, não há esperança,
Amor é comprado, solidez é transparente
E a vida é a certeza de morrer-se em meio ao vão;
Dê o primeiro tiro quem nunca foi desumano,
Me acusem de algo que ninguém nunca tenha feito,
Pois o meu vazio ecoa por entre povos prestativos,
Minha opacidade é reluzente para quem não tapa a visão;
Infestando o meu mundo estacionado num cubículo 4x4,
E nele me perco, e nele me encontro;
Minhas idéias, meus dizeres, mesclam-se com a fumaça;
O odor que paira sobre os panos é absorvido pela epiderme,
Passa pela corrente sanguínea e chega à ponta dos dedos,
Que auxiliados por um tinteiro,
Transformam idiotices como esta, em linhas num pedaço de papel.


DINHO BRITO

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